sexta-feira, 17 de abril de 2015

Rabisco Noir - É a nova Exposição da Galeria de Arte


RABISCO NOIR
Obras de Augusto B. Medeiros,2015. Divulgação.



Traços, curvas,preto e branco um resumo que parece a primeira vista simples das obras que compõem a nova exposição que está acontecendo na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal - Cidade Alta. O artista e também curador Augusto B. Medeiros traz uma série de desenhos inspirados no cinema noir e seu olhar sob a cidade. Como ele mesmo conta em entrevista realizada, ele buscou em seus traços e curvas trazer a leveza da fumaça e do vapor.

Conheça um pouco mais do Augusto Medeiros, no bate-papo sobre sua vida e obra.


J- Você está expondo agora em Abril na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta, o que o visitante vai encontrar na exposição Rabisco Noir ?


O visitante irá encontrar uma série de 11 desenhos com contornos minimalistas, que brincam com o contraste entre o preto e o branco, com traços que desejam transmitir a leveza da fumaça e do vapor. E nessas imagens ele irá se deparar com uma cidade noturna, com suas casas noturnas, cafés, bares, boates, uma cidade que possui uma atmosfera de mistério e sensualidade. Ao mesmo tempo uma cidade suja e hostil, de seres corruptíveis e que se refugiam em sua introspecção. Esses desenhos, apesar da relação com a minha subjetividade, possuem também forte relação com o cinema noir. Essa produção cinematográfica firmou-se principalmente nas décadas de 1940 e 1950 através do cinema norte-americano. São filmes produzidos a partir de uma literatura de teor policial e investigativo. Nessa produção os personagens possuem caráter dúbio, essa produção também foi marcada pela fotografia, pelo trabalho com a luz que se materializa por meio das sombras e frestas de persianas. Os desenhos são produto do meu olhar sobre a cidade, mas ao mesmo tempo, sofrem essa interferência do cinema, daí o nome “Rabisco Noir”. O descompromisso do “rabisco” e o termo “noir” que se traduz como “negro”, escuro e que foi utilizado para nomear essa produção cinematográfica.


J- Augusto, como despertou o seu interesse pelas artes visuais? Conta um pouco sua história.


É clichê dizer que desde a infância. Mas é que tenho memórias em relação ao desenho. Por volta dos 6 ou 7 anos já gostava muito de desenhar. Mas foi em 2010 que comecei a guarda-los, foi também quando comecei a pensar em seguir nessa área. 

J- Observando suas obras, é um trabalho bem minimalista com uma riqueza e destaque ao traço, como se dá o seu processo criativo? Como você descreveria suas obras?


As imagens tem essa relação com o meu olhar a cidade, mas também se relacionam com as figuras existentes no cinema noir. Sim, minhas obras possuem esse contorno minimalista, os traços possuem aberturas, não são fechados. Alguns me perguntam se depois que idealizo as imagens eu as desenho no papel de forma inteira e depois apago os traços. Mas eu digo que não! As imagens são pensadas já como uma configuração de traços que em alguns pontos se unem, e em alguns pontos se afastam. Os desenhos são feitos com grafite de ponta muito fina, pois foi o material que mais correspondeu às minhas expectativas em relação ao resultado final, ao efeito que desejo transmitir nos desenhos.  Como já mencionei, a ideia é dar a impressão de fumaça e vapor, ao mesmo tempo em alguns aspectos o traço é firme.



J- Você acredita que o espaço da internet (redes e mídias sociais) colaboram para o processo de acesso as artes plásticas?



Sim, sem dúvidas. Através da internet temos acesso ao acervo de museus e galerias com muito mais facilidade. Ao mesmo tempo esses veículos têm sido de grande importância para a divulgação de artistas independentes. Hoje o próprio artista ele é uma importante peça na divulgação de sua própria arte. Nas redes sociais encontramos o perfil de artistas e ao mesmo tempo inúmeras páginas de divulgação do trabalho dos mesmos. Foram das redes sociais, através dos amigos, que vieram os mais importantes incentivos para a minha arte e para eu estar expondo hoje na Galeria do IFRN Cidade Alta.


  

J- Você percebe alguma mudança no cenário dos espaços de Galerias de Arte, está mais fácil um artista conseguir expor seus trabalhos ou ainda existe entraves?



Observo hoje em Natal nas galerias, uma maior iniciativa em apoiar trabalhos alternativos. Esses espaços estão tentando não apenas englobar a pintura em tela, mas também abarcar alternativas como as instalações, as performances, e os artistas que se caracterizam por fazer uma “arte de rua”.  Poderia incluir também os novos artistas e os que buscam por meio do desenho seu veículo de expressão. Mas é claro que existe ainda um longo caminho a percorrer. Muitos espaços ainda mantém uma postura conservadora em relação à arte. Natal ainda se distancia de muitos outros centros urbanos nesse quesito. Mas esses sinais de abertura são sempre bem-vindos. Devemos olhar a arte em sua pluralidade, na diversidade dos seus fazeres.




J-  Qual foi sua obra que marcou sua vida?


Escolher entre as obras é difícil, pois todas carregam um pouco de nós. Mas creio que a obra que mais exemplifica o meu estilo e que tenho forte relação afetiva se chama “café noir”. Ela apresenta um homem, ou mulher, como queira, com o rosto apoiado em uma das mãos e em uma mesa de um café, e embaixo de um foco de luz. Uma imagem que se refere a introspecção, ao pensamento que se esvai no vapor do café.


J-  A arte é?


Eu peço licença para ignorar qualquer definição pré-estabelecida. Arte para mim é o que me cura, é uma linguagem que utilizo para suportar o peso da realidade. Sem me comunicar, por meio, da arte, posso ser esmagado por toda essa “dureza” do real.



J-  Um artista?



Saul Steinberg.


Saul Steinberg. Fonte: http://lucasdelattre.tumblr.com/post/11835888483/saul-steinberg-1956-photo-inge-morath


J-   Minha obra favorita?


Um desenho de 1948 de Steinberg, desenho sem título em que a silhueta de homem continua o seu traço com algumas voltas ao redor do corpo. O desenho passa a ideia de que o homem desenhado teria a autoria dos seus contornos. 

Obra sem título, Steinberg, 1948. Fonte: https://direcaodeartedesign.wordpress.com/2011/09/18/exposicao-das-obras-de-saul-steinberg-%E2%80%93-por-jesyka-lemos/

J- Minha música favorita?

São duas: One more cup of coffee de autoria de Bob Dylan e Just in time, interpretada por Nina Simone.  

J- Uma cor?
     

 

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J- Minha inspiração é?


O cotidiano

J- Muito obrigada pela entrevista, convide então nossos visitantes para conhecer sua exposição que está ocorrendo na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta.

Convido a todos! Principalmente aos que se interessam por arte em geral e por desenho, bem como por cinema! Abraços!






Muito obrigada pela entrevista, e desejo muito sucesso!



Jocasta Andrade
 



Quer conhecer mais sobre o artista Saul Steinberg clica aqui
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dupla Exposição - Entrevista com as Artistas


Conversei com as duas artistas da Dupla exposição que está desdo dia 02 de outubro na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta.
Leila Ulman e Cristina Strapação transbordam sentimentos em suas obras, com sensibilidade, leveza. Duas artistas que pelo elo da arte, realizam essa exposição resultado do amor pelas artes, que segue na Galeria de Arte até o dia 31 de outubro.

Você confere agora, a entrevista que realizei com essas mulheres incríveis:

Leila Ullmann




Conta um pouco para nossos visitantes, sua trajetória nas artes visuais.

Após minha  aposentadoria e criar filho, me dediquei integralmente as artes plásticas, pintura, escultura, artesanato e poetiza. A pintura tem me trazido grandes alegrias, inclusive convites para expor no exterior, onde conquistei premiação, me abrindo caminho para diversos outros convites e alegrias.


Como você descreveria suas obras?

Gosto de tintas, cores, meu trabalho contagia pelas cores alegres e fortes. A pintura do mundo afro, foi uma compreensão que somos todos multicoloridos, não existe diferença nas cores  que correm em nossas veias.


Você estreia agora em Outubro na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta,o que podemos esperar dessa exposição?

Uma pequena mostra do meu trabalho dentro do Multicolorido mundo afro.


Como foi seu ingresso no BrazilianArte ?


Foi um convite do ítalo. Houve uma empatia imediata e durante anos temos feito muitos trabalhos juntos. É uma honra ser amiga de um profissional tão honesto e sincero.

Você acredita que o meio das mídias sociais favorece para um maior acesso do público com as artes visuais?

Sim, a arte tem de ir ao encontro de onde o povo está.


Qual foi o trabalho que marcou sua vida?


Uma tela chamada Maternidade. Não só conquistei uma premiação para um único artista, como por toda expressividade que ela contém.

Maternidade - Leila Ullmann

Minha inspiração é?

O trabalho com negros e africanos.


Minha cor favorita?

Vermelho.


Um artista?

Beatriz Milhazes.
Foto: Divulgação

Uma obra?

Todas da Sonia Menna Barreto.
Obra de Sônia Menna Barreto

Uma palavra que defini Leila Ulmann?

Uma pessoa simples, amiga, alegre, disposta a fazer amigos e interagir com todo o mundo.


Você pode conhecer um pouco mais da artista clicando aqui !




Cristina Strapação







Cristina, como começou seu interesse pela pintura?


Quanto ao meu interesse pela pintura não sei ao certo quanto começou. Lembro de gostar de desenhar a ser apaixonada pelas cores desde criança e usava qualquer material que encontrasse para poder brincar com o desenho, pois na época não tinha acesso a eles. Assim um lápis grafite, um pedaço de carvão, meia dúzia de lápis coloridos serviam. Cresci gostando de desenhar, mas escolhi como curso acadêmico Serviço Social, pois sou muito idealista e sempre achei que poderia "salvar o mundo", dar contribuição para que a vida das pessoas possa ser melhor. 
O desenho por muito tempo foi apenas passatempo. Com os meus três filhos pequenos, resolvi ficar em casa para melhor cuidá-los e educá-los. Aí para descansar das tarefas domésticas, quando me sobrava um tempinho, desenhava, fazia algumas aulas e oficinas para aprender algumas técnicas como pastel seco e oleoso, lápis de cor, aquarela, acrílica e principalmente a pintura a óleo, que é  a minha preferida. 
Apesar do pouco tempo que tive para fazer aulas, este pouco serviu para que pudesse praticar em casa, o que comecei a fazer todos os dias, de forma que fiquei viciada, comecei a mergulhar de cabeça. Passei a participar de algumas exposições e aí adeus ao Serviço Social. Recebi convite para dar aulas de arte, que passaram a exigir que  eu me aprofundasse mais, assim nunca mais deixei de investigar os processos de desenho e pintura. Passei por várias técnicas, estilos e fases, mas sempre dentro do realismo.

Observei algumas das suas obras em seu site (http://www.cristinastrapacao.com.br) você trabalha tanto com pintura quanto desenho, como é seu processo criativo? Como você descreveria suas obras?


Quanto ao processo criativo no meu trabalho; cada fase teve um tipo de processo, mas sempre partindo da realidade. Os temas, os quais pinto, porque formam parte do que conheço e vivo e, portanto, me sinto atraída por eles. Ocupo-me diretamente do mundo que me rodeia, a temática do meu entorno pessoal, tratado de dar visibilidade ao meu cotidiano. As coisas que passam praticamente despercebidos para os olhos de muitas pessoas, através dos olhos do artista, adquirem um novo valor ao serem representadas nas pinturas, convertendo-se em foco de atenção e até objeto de desejo.

Como moro a beira mar, a uma quadra da praia, na Ponta do Seixas (Ponto Extremo Oriental das Américas, em João Pessoa) vivo esta realidade. Assim para mim são de grande importância os elementos que fazem parte da paisagem marinha, as nuvens, as ondas, as pegadas na areia, barcos, jangadas e pequenos detalhes deles, até os objetos e resíduos que as pessoas deixam na praia, como garrafas, embalagens, roupas, sapatos, restos de alimentos, ao qual chamamos de "lixo", podem se transformar em tema a ser investigado, fazendo um paralelo entre a paisagem ideal e a paisagem agredida pelo homem, trazendo a questão do meio ambiente para dentro da pintura, sem que seja uma arte panfletária.


O Rio e o Encontro com o Mar - óleo sobre tela/2010



Esse mês, você e a Leila Ullmann estreiam na Galeria de Arte do IFRN, o que o público pode esperar nessa exposição?


Quanto ao que o público pode esperar desta exposição, é que poderá estar em contato com dois mundos pictóricos diferentes. Somos duas artistas diferentes, nem nos conhecemos pessoalmente, mas temos em comum, o que é mais importante, o amor pela arte. E que queremos oferecer ao nosso público, cada uma de nós, o nosso universo pictórico, essas imagens que são unicamente nossas, cada uma com o seu tema, as suas cores, o seu estilo, a sua linguagem e estética e única.


Qual sua expectativa da exposição em Natal/RN, na Galeria de Arte?


Quanto as minhas expectativas em relação à exposição em Natal; não costumo ter muitas expectativas em relação às minhas exposições, a única coisa que realmente espero é poder oferecer ao público momentos, que se pareçam com pequenas viagens dentro do mundo da pintura, momentos de reflexão. Espero que ao sair da exposição algo mais as pessoas levam consigo.


Em meio aos avanços tecnológicos e das mídias sociais, como você percebe a recepção do público à arte hoje?


A nossa sociedade está impregnada de informações e principalmente imagens,inundada por elas em todos os lugares e horas, em revistas, TVS, jornais, circulam pela internet o tempo todo, em tempo real. As imagens estão presentes de tal maneira que acabam se tornando invisíveis para o observador. A poluição visual é tão grande que as torna imperceptíveis de oferecer algo mais que imagens banais, não apenas tecnicamente perfeitas, mas imagens que levem a uma reflexão ou inquietação.


Você e a Leila Ullmann fazem parte do BrazilianArte, como você ingressou?

Ingressei no BrazilianArte por convite do Ítalo, Córdula, organizador do site.


Minha inspiração é?


Minha inspiração é o mundo que me rodeia, o meu cotidiano, as grandes e pequenas coisas que dele fazem parte, aquilo que está bem perto e hoje em particular, a paisagem litorânea e o seu poder mágico transfigurando-se e reestruturando-se na tela.

Uma cor?

A cor da natureza.

Uma obra?

O universo.

Uma palavra que descreve Cristina Strapação?

Inquietude.


Visite a página da artista aqui.



Fonte:

http://www.mennabarreto.com.br/2012/

http://www.leilaullmann.com.br/

http://www.cristinastrapacao.com.br/default.aspx

http://www.brazilianarte.com.br/

http://portal.ifrn.edu.br/






Jocasta Andrade
Fundadora do Blog da Galeria de Arte
Produtora Cultural



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Entrevista com Ítalo Cordula







Tive um bate-papo bem legal com um dos curadores da dupla exposição, que vai acontecer agora em Outubro na Galeria de Arte.
A exposição vai contar com obras bem diversificadas das artistas Cristina Strapação (PB) com uma temática mais de paisagens de litoral e Leila Ullmann (RJ) pela retratação afro e outros. A exposição tem sua vernissage dia 02 de Outubro de 2014 (quinta-feira). 

Acompanhe abaixo a entrevista com Ítalo Córdula um dos curadores da exposição e fundador do Brazilianarte (http://www.brazilianarte.com.br/).



J - Você é um dos curadores da dupla exposição, que vai acontecer agora em outubro na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta, como se deu a concepção dessa exposição?

I - A exposição de duplas é um projeto anual, onde executamos e patrocinamos um catalogo com dois artistas, preferencialmente, de estilos diferentes. Este é o segundo ano do catalogo de duplas e caso nenhum dos artistas participantes se inscreva com sua exposição nós montamos a exposição e convidamos dois artistas por antiguidade, garantindo a sua continuidade.

J - A dupla exposição é com as artistas Leila Ullmann e Cristina Strapação, o que o público de Natal/RN pode esperar da obra dessas artistas. Pelo pouco que vi, pela internet são obras bastante diferentes?

I - Neste evento unimos dois artistas de estados diferentes com temáticas também bem diferentes. Cristina Strapação (PB) traz em seu trabalho a retratação de paisagens do litoral paraibano em fantásticas obras de hiper-realismo, nos detalhes das ondas, a areia molhada e seus barcos com minuciosos trançados de cordas, desgastes e ferrugem. Do outro lado temos Leila Ullmann (RJ) artista reconhecida pela African American Fine Art Society, seus trabalhos destaca-se pela retratação afro, índios, ciganos, entre outros, destacando-se especialmente pelo tema afro e suas cores marcantes.

Canoa - Cristina Strapaçã/óleo sobre tela

Minha Rainha - Leila Ullmann/óleo sobre tela

J - Como surgiu seu interesse pela arte?

I - Desde pequeno tive o prazer de conviver entre pinceis, telas e tintas através do meu avô (Arnaldo Córdula) acompanhei as dificuldades e barreiras na produção e divulgação do seu trabalho.

J - Você é o criador do Brazilianarte, um site onde está uma rede de artistas, Conte um pouco sobre  o que é o Brazilianarte e como surgiu essa iniciativa.

I- O brazilianarte vem com o objetivo de unir artistas e criar oportunidades para sua divulgação não só em seus estados mas também a nível nacional e se possível internacional, através de ações pioneiras, apoiado num tríplice a promoção pelo portal onde temos mais de 100.000 (cem mil) acessos mensais, pela realização de exposições que além de enriquecer o currículo do artista é uma oportunidade de apresentar seu trabalho ao público, e quem sabe uma oportunidade de retorno também pela sua comercialização, e pela catalogação de sua obra através do anuário de arte, e quando possível, através de outros catálogos (o de duplas é um outro exemplo).

J - Como funciona o Brazilianarte? Todo e qualquer artista pode participar?

I - Através de uma contribuição mensal (R$ 65,00) utilizado para financiar o portal e demais projetos, disponibilizamos sem custos adicionais ao artista a divulgação do seu trabalho através do web site, pela participação em exposições em outros estados, pela participação em nossos catálogos e pelo apoio a eventos. Estamos abertos a todos os artistas inclusive aos mais variados segmentos como também arte digital, a ilustração e a fotografia, que inclusive estamos tentando desenvolver o nosso mais novo projeto "literatura e arte" que esperamos realizar em breve.

J - Você acredita que o espaço da internet (redes sociais e mídias sociais) são colaboradoras para o processo de acesso as artes?

I - Sim, a internet é uma ferramente auxiliar na divulgação e conquista de novos espaços, mas não devemos nos limitar apenas a esta linguagem é essencial a iteração e a apresentação ao publico através das exposições que efetivamente oferecem um retorno mais visível e imediato.

J - Como você observa o mercado das artes no meio do crescimento das mídias sociais?

I - Ainda esta em seu inicio apesar das limitações, pois nada se compara a apreciação do trabalho real, a visualização das pinceladas do traço e o seu efeito sobre as pessoas.

J - Você percebe uma mudança no cenário das Galerias de Arte, está mais fácil realizar exposições ou ainda existe entraves?

I - Os editais foi uma grande conquista e vem minimizar o monopólio exercido por alguns grupos sobre os espaços de cultura.

J - A arte é? 

I- Vida

J- Um artista?

I - Meu avô Arnaldo Córdula.

J - Uma exposição inesquecível?

I - Todas são inesquecíveis, pois estamos sempre aprendendo e os surpreendendo.

J- Uma obra?

I - O grito (de Edvard), todos em algum momento passa por momentos de angustia.

O grito - Edvard Munch (1893)



J - A música da minha vida?


I - não tenho.

J- Agora, convide nossos visitantes para conhecer a exposição das artistas Leila Ullmann e Cristina Strapação.

I - Venha nos prestigiar com sua presença nesta exposição com obras que vêem enriquecer nosso universo pictório com detalhes e as sutilezas destas artistas e aproveite para retirar, exclusivamente, seu exemplar gratuito do nosso anuário de arte, publicação com mais de 150 páginas desta duplas destas artistas.


J- Agradeço pela atenção, e desejo sucesso!







Vernissage: 02 de outubro de 2014, às 19 horas
Período da exposição:  02 a 31 outubro de 2014
Local: Galeria de Arte IFRN Campus Natal - Cidade Alta
Av. Rio Branco, 743, Natal/RN, no horário das 9 às 20 horas
Curadoria: Mára Beatriz Pucci de Mattos e Ítalo Beltrãoo Lucena Córdula
Produção Cultural: Jonathan Francioli e Ana Cristina de Souza
Informações: 4005-0959





Fotos obras das artistas:

http://www.cristinastrapacao.com.br/default.aspx

http://www.leilaullmann.com.br/DEFAULT.ASPX


Jocasta Andrade
Fundadora do Blog da Galeria de Arte
Produtora Cultural


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Exposição Gente by Popó!



Cercados por familiares, amigos e admiradores a exposição "Gente by Popó" nos desafia mais uma vez, com suas obras criativas e fortes, talvez possa descrever essa exposição como um jorro de força. Aquela que nos faz olhar para o nosso interior: desejos, sentimentos, pensamentos tudo que guardamos para si, em nossa caixa de pandora.

Circulando pela Galeria de Arte, quando chegamos nos encontramos com a primeira sala com alguma obras da primeira exposição de Popó, "Andedan", tenho que confessar que me sinto conectada a essas primeiras obras, Machado de Assis retratado por fragmentos das folhas de sua obra, Memória Póstumas de Brás Cubas, Ivete Sangalo retratada em pequenos quadradinhos "Pixels",uma obra quente, vibrante. 
O artista da vida a essas obras, por características de seu próprio fragmento, é como se as personalidades retratadas estivessem saindo da tela, e ganhando vida. 

Abaixo você confere a obra de Ivente Sangalo.


Na segunda sala encontramos as obras da exposição "Gente", Popó um artista incansável entrou em outro mundo, o mundo da escultura, um trabalho delicado onde por meio de suas mãos esculpe,na plastilina, linhas, traços, feições com tamanha riqueza de detalhes.

Nesse novo experimento Popó confessou durante conversa, que adorou a experiência de esculpir, uma das suas novas paixões. Perguntado qual obra sofreu mais, sua resposta já esperada foi todas.

Esculturas da Exposição Gente by Marcos Popó - 2014


Além das esculturas Popó, trabalhou com colagem, o que esperar de uma técnica que para muitos é "artesanal"  ou simplória, o artista consegue mais uma vez surpreender e apresentar trabalhos meticulosamente elaborados, com riquezas de detalhes e personalidade.A colagem surgiu como derivação do cubismo, foi sendo introduzida na pintura, por meio de letras,  pedaços de papel, revista, jornal, pedaços do dia-a-dia das pessoas.

Os materiais citados acima são alguns dos muitos materiais que podemos fazer uma colagem. Sua principal característica é a sobreposição de pedaços de papel ou outro material, que juntos formam um todo. A arte em fragmentos, cheia de sentido, que vai ganhando forma no meio dos pedaços.A colagem teve sua inserção na arte no séc. XX, com o cubismo.

Colagens do Artista Marcos Popó - Exposição Gente 2014

Colagens do Artista Marcos Popó - Exposição Gente 2014
Podemos citar o artista Juan Cris que se utilizou da colagem cubista, para compor muitas das suas obras. A mistura de elementos, e a formação geométricas que as colagens formam e as cores frias e quentes se aproximam bastante das colagens de Popó.
Breakfast - Juan Gris(1914)

Suas obras vão além da beleza,você consegue  perceber o sentimento, que o artista passou para criar aquela obra. Uma obra que chama bastante atenção é de uma criança de costas, de longe parece uma obra normal, qual você chega mais perto a obra é feita pela própria escrita da Menina Marina. O artista pediu que ela escrevesse seu nome, a partir disso fez com carimbo, e retratou Marina a partir da sua escrita.

Obra Marina e o Criador Popó - Exposição Gente 2014





Você ainda pode visitar a exposição Gente na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta, na Av. Rio Branco, 743, Cidade Alta, Natal/RN. até o dia 22 de setembro de 2014. Maiores informações: 4005-0959.



Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo369/Colagem-

Jocasta Andrade
Fundadora do Blog da Galeria de Arte
Produtora Cultural